terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Conspirações de um universo em expansão e a dicotomia dos astros.

"Fazemos parte do mesmo universo, mas pertencemos a mundos diferentes."
Com certeza todos já se sentiram assim com relação a alguém, mas, algumas vezes ocorre que essa pessoa é uma pessoa especial em nossas vidas. 
Nessas horas geralmente começam os desencontros do universo. Por que muitas vezes o que nós queremos e o que o universo quer, não são coisas exatamente coincidentes. 
Mas há também os reencontros!
Momentos mágicos em parece que os mundos (o seu e o do outro) se deslocaram para ficarem um pouco mais próximos, as órbitas foram sutil e inconscientemente corrigidas, não são mais tão opostas como o sol e a lua, estão mais para Marte e Júpiter, que tem esperanças de momentos breves (no tempo do universo) em que podem ficar alinhados, ao menos da perspectivas dos admiradores desses incríveis segredos, que são o universo e o amor.
Sim, não se enganem, ambos são tão lindos como misteriosos, em intensidade, e, algumas vezes em tamanho.
Assim, até a portentosa madame que nos ilumina as noites e nos faz esticar nossa visão até um lugar muito além dela, um lugar tão distante que somente seu brilho consegue penetrar, tem seu dia de coadjuvante comparada às coisas incríveis que esses dois segredos podem realizar; um para o outro e um com o outro.
Mas ao contrário do dito popular, não são conspirações, são aspirações, quase suspiros indeléveis. 
E assim como a dicotomia dos astros, algumas vezes só conseguimos enxergar metade daquele corpo, e ao contrário da dicotomia dos astros, não a metade que a luz nos mostra, mas a metade que queremos ver.
O amor possui essa faceta, a perspectiva de quem ama nem sempre é a imagem real, assim como a luz, que nos prega inúmeras peças dependendo do corpo em que incide, da temperatura ambiente e da retina de quem olha.
Mas nos reencontros, além do fato de já termos enxergado o lado escuro da dicotomia, temos também a correção das órbitas, a vontade de duas matérias feitas para ficarem juntas de se reunirem, em um só corpo, tão quente que chega a gerar luz própria, tão explosivo quanto uma supernova, tão perigoso quanto um buraco negro.
São leis imutáveis, não se luta contra elas, só o que podemos fazer, é deixar o magnetismo, a gravidade, a força centrípeta agirem e cuidar para que o universo tome seu curso, por que é isso que ele vai fazer.


"Olho para o céu 
Tantas estrelas dizendo da imensidão 
Do universo em nós 
A força desse amor nos invadiu. 
Então 
Veio a certeza de amar você."

Caetano Veloso