segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Alma de Mestre!
Minha singela homenagem ao dia do mestre.



Me encanta a condição humana
Quando a leio nos livros de filosofia.
Quando a vejo em forma de poesias
Nas obras de Drumond e Cora.

Me espanto com as possibilidades matemáticas
Das viajens ao espaço.
Me encanto com a Via Láctea.
Com suas espirais de matéria e energia.

Minh’alma regozija-se ao ouvir Chopin e Debussy
E crio asas de passarinho ao som do piano de Jobim.

Mas a cada sentimento, a cada inspiração, a cada leitura,
Sempre estarão associados os nomes dos grandes mestres
De minha infância e juventude.

Meu pai Roberto,
Eterno mestre
O homem que sabia “quase tudo”
Que ao ler as obras de Monteiro Lobato
Aos pés das camas de cinco crianças,
Despertou a vontade de sonhar e a curiosidade de aprender.

Mestre Zé Augusto
Tornou-se mestre aos cinquenta anos,
Mostrando que nunca se sabe tanto
Que não se tenha nada a aprender
E nem tão pouco
Que não se tenha nada a ensinar.

Outros tantos mestres que tive
Na escola e fora dela.
Hoje não estou mais em suas salas de aula,
Mas eles continuam, todos os dias,
Na minha.

Na alma de quem aprende ensinando,
Que é em si, o meio e a mudança,
O fluxo dos ideais,
A seta da educação;
Ensinar é muito mais do que passar conhecimentos.
Ensinar é passar um pouco de si
Do seu lado bom
Por que ensinar em si, já é algo bom.

Nunca me canso de aprender a ensinar!

E de aprender o que “realmente” vale a pena ensinar.
Por que prefiro formar “um único” homem com senso crítico,
Do que encher a sociedade de hipócritas,
Salvar “uma única” alma,
Do que produzir uma centena de eruditos.

Só assim, ouso me intitular:
“Professor, com muito orgulho!”