quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Para Dorothy


Amigos, este texto é dedicado à uma pessoa especial. Não que ela se ache especial, não é bem o feitio dela, mas acredito sinceramente que ao ler essas linhas passará pela cabeça dela aquele velho cliché: "Todos nós somos especiais de alguma forma". É bem a cara dela!
Apenas preciso fazer uma ressalva que para entender algumas coisas aqui, existe um pré-requisito, se você não assistiu deve assistir a essa obra prima do cinema com Anthony Hopkins e Anne Bancroft.
Acho um pouco difícil de entender (até para mim mesmo) como alguém que vive tão intensamente como eu pode admirar uma pessoa que não conhece.
Mas aí me lembro de uma de nossas conversas quando descobrimos que ao não nos conhecermos nos revelamos muito mais um ao outro. Sem tantos medos ou pudores.
Barista, Patrícia, Bull, Tuca...todas têm em comum a língua cortante, o humor ácido e a incrível capacidade de mesclar essas coisas com lirismo e nostalgia.
Eis então que encontro Dorothy, e Dorothy me mostra o caminho para retornar à Cidade das Esmeraldas, de onde eu nunca deveria ter saído.
Mas deixem-me falar um pouco sobre Dorothy!
Dorothy consegue te transportar para o semi-árido do sertão quando em alguns momentos a respiração fica pesada e os olhos ardem, e aí, de repente, ela aparece como uma Judy Garland cantando "Over The Rainbow" e mostrando alguma direção. Não raramente ela consegue lirismo e suavidade como Flora Purim cantando light As A Feather de Chick Corea (ouçam e vocês entenderão).
Wow...tive um insight agora...
Dorothy escreve como quem toca jazz, ela improvisa, sai deliberadamente do tom e volta a ele rapidamente sem que ninguém perceba. Sente o que escreve com a ponta dos dedos e não com formas feitas pré-concebidas. Exatamente como um guitarrista de jazz.
Dorothy é sensível e "à flor da pele" como ela mesma se definiu em determinada ocasião (lembra do filme?), mas é sem dúvida uma boa amiga e, acredito eu, uma boa mãe.
Bem, esse é o muito pouco ou o pouco muito que conheço de minha amiga Dorothy, mas garanto a vocês que é intenso o suficiente para que ela mereça este pequeno capítulo neste Blog.
Obrigado !!!

2 comentários:

Tuca Delarosa disse...

existe uma sutil diferença entre nós ao escrever, diferença essa que eu não vou me atrever em contar aqui..claro..rs

talvez seja a diferença homem/mulher, talvez seja o estilo diferente de cariocas e paulistas de demonstrarem como a vida flui para cada um deles.

..vc tem sua ginga, teu modo fresco de escrever..eu já não, eu sou mais madura ( embora mais nova), mais caricata ...e mesmo assim adoramos ler, um ao outro.

Bom, obrigada por se lembrar da tua "madrinha" aqui.
ps. vc me surpriendeu ao citar "Nunca te ví , sempre te amei"..deixou uma coisa mais clara, a diferença entre nós é que eu sou um filme noir, em preto e branco...vc é tecnicollor.

..rs
beijo.

Professor disse...

Você não é um filme Noir o tempo todo. Assim como também eu não sou technicollor todos os dias.
Vc apenas pensa que é assim, e, assim é se lhe parece.
Vou tirar essa borboleta daí...
Nem que para isso eu tenha que me mudar.