terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Velho Companheiro

O tempo é igual para todas as coisas

Assim como todas as coisas são iguais para o tempo.

O tempo que traz as rugas

É o mesmo tempo que leva à felicidade

O tempo que traz o dia

É o mesmo tempo que leva a noite

O tempo anda comigo, dias, noites e rugas

Tempo de filhos

Tempo de pais,

Tempo de paz.

Como todos os dias

No fim de todas as noites

No por do sol

E na aurora.

Dias felizes,

Noites de paixão

Que levam o tempo a passar.

Aurora da vida,

Nas ruas do temo,

Nas veias do tempo

No jardim meu...e seu...



Para Liliane.

Um comentário:

Marcia G. disse...

Quando li esse texto, o que me chamou atenção não foi a quantidade de vezes que a palavra "tempo" aparece, mas a vez em que ela é substituída pela palavra "temo".
É claro que não acredito em acaso, que tenha sido apenas um erro de digitação. Por que você escreveria "nas ruas do temo" em vez de "nas ruas do tempo"?
Pode ser que naquele momento você temesse algo; o que teriam as ruas de tão temível pra você?
Aliás, são as ruas ou o tempo que te fazem temer?
As ruas, assim como o tempo, sempre caminham, desembocam em algum lugar, podem ser claros ou sombrios, ensolarados ou chuvosos, diretos ou tortuosos. Apenas são o que são, nada além.